21 setembro 2008

Mais conteúdo, menos material


Sabe uma coisa que eu reparei quando atendia um grupo de clientes? Eles me perguntaram (depois de comprar algumas garrafas de saquê), onde poderia comprar uma boa faca de sashimi. Sugeri duas lojas na Liberdade, quando um deles me perguntou, se era artesanal, se estava grafado o nome do artesão, se o cara era famoso, etc. Daí o outro disse que ganhou uma faca de um amigo japonês que parecia uma espada. Outro disse que precisa de uma boa pedra para amolar. E eu lá no meio da discussão.


A faca em questão é necessário, primeiro se você vai usar bastante. Caso contrário, é melhor comprar uma faca multi uso. Depois, não importa a marca ou quem faz. Se ela é própria para sashimi, serve. Uma pedra para amolar é importante, mas não necessariamente um que custe U$ 700,00.


Então, depois que acalmou a discussão, disse que não importa a marca ou quem produziu. Para cortar um bom sashimi, é preciso...........um bom peixe. Para isso, ao invés de preocupar com o material, mas pensar onde conseguir um bom atum, por exemplo. Saber que no inverno chegam boas safra, por ter mais gorduras. Saber que comprar no final do ano e antes dos Finados, pode pagar o triplo do preço. Tem de saber como se corta. A espessura não importa desde que corte em casa.


Quer saber uma coisa curiosa? Muitos me chamam de tudo que é nome. Mas o site da Adega de Sake (http://www.adegadesake.com/), foi feito com Microsoft Frontpage, tratamentos de imagens com Photoshop versão 7.0 e algumas figuras com Paint Brush.


Tecnologia e qualidade dos materiais ajudam, mas não significa que possam substituir as técnicas humanas. Senão os arquitetos, designers, fotógrafos, ou até chefs de cozinha, estariam extintos.


Por isso, pensem.

2 comentários:

Anônimo disse...

ui, q bronca!! (risos)
qdo o assunto descamba da relação homem-comida para homem-instrumento, a conversa fica mesmo mto chata...

Fábio Hideki Harano disse...

Olá!

Acho que o último parágrafo resume bem a ideia. Relacionado a isso, eu não gosto de jogos de videogame onde o personagem fica muito mais poderoso simplesmente quando usa uma arma mágica, armadura especial ou coisa do tipo. Só mesmo na ficção fantástica para isso ter sentido.

Na realidade o que mais conta é o manejador do objeto. Quem sabe bem disso são os jogadores de golfe, kendôka, skatistas, escultores, desenhistas... A lista é grande!